Videos e letras de antigos sambas de enredo



Samba Enredo 1974 - O Mundo Melhor de Pixinguinha (Pizindin)
G.R.E.S. Portela (RJ)

Lá vem Portela
Com Pixinguinha em seu altar
E altar de escola é o samba
Que a gente faz
E na rua vem cantar
Portela
Teu carinhoso tema é oração
Pra falar de quem ficou
Como devoção
Em nosso coração

Pizindin! Pizindin! Pizindin!
Era assim que a vovó
Pixinguinha chamava
Menino bom na sua língua natal
Menino bom que se tornou imortal
A roseira dá
Rosa em botão
Pixinguinha dá
Rosa, canção
E a canção bonita é como a flor
Que tem perfume e cor
E ele
Que era um poema de ternura e paz
Fez um buquê que
não se esquece mais
De rosas musicais
Lá vem Portela...





Salgueiro - Samba-Enredo 1974
Samba Enredo

Salgueiro - Samba-Enredo 1974
Zé Di e Malandro
O REI DE FRANÇA NA ILHA DA ASSOMBRAÇÃO

In credo in cruz, ê ê, Vige Maria,
As preta véia se benze, me arrepia
Ô, ô, ô Xangô,
As preta véia não mente, não sinhô.
Não cantaram em vão
O poeta e o sabiá
Na fonte do Ribeirão.
Lenda e assombração
Contam que o rei criança
Viu o reino de França no Maranhão.
Das matas fez o salão dos espelhos
Em candelabros palmeirais,
Da gente índia a corte real,
De ouro e prata um mundo irreal.
Na imaginação do rei mimado
A rainha era deusa
No reino encantado.
Na praia dos Lençóis,
Areia assombração,
O touro negro coroado
É Dom Sebastião.
É meia-noite, Nhá Jança vem,
Desce do além na carruagem
Do fogo vivo, luz da nobreza,
Saem azulejos, sua riqueza,
E a escrava que maravilha
É a serpente de prata
Que rodeia a ilha



Samba Enredo 1989 - Achado não é Roubado

G.R.E.S. Portela (RJ)

Achei
Juro eu não roubei
Desde o meu tempo de criança
A vovó sempre dizia
Achado não é roubado
Tá na lembrança
De repente o Sr. Cabral
Chegou ao Brasil
Aportou a sua nau
E disse ao mundo que o descobriu
Na verdade a história conta
Um faz de conta
Ao seu modo e ao revés
Aí, e aí
A natureza se impôs tão ricamente
A Amazônia é um tesouro
Que hoje está presente

(Olha lá!)

Olha lá, olhá lá
Olha lá Salomão (Salomão, Salomão!)
O tesouro é meu majestade
Não vá tirar da minha mão

Assim a história segue em frente
Sinceramente eu não consigo entender
Quem é o dono da cartola
Que fez este gigante aparecer
É tão triste olhar
Sem poder, sem poder reconquistar
Índio é o filho da terra
Que no meio desta guerra
Só faz se lamentar

Quem foi, diz quem foi amor
Ninguém sabe, ninguém viu (ninguém viu)
Eu queria é saber, saber
Quem descobriu o meu Brasil

Assista este e outros antigos sambas com letras das musicas em:
http://profissionaisdocarnaval.blogspot.com.br

Sindicato irá reivindicar direitos dos profissionais do Carnaval



O Carnaval vem a cada ano se superando na parte de investimentos e estrutura, mas, o que mais tem se destacado é o grau de profissionalismo daqueles que realmente são os percursores da maior festa popular e cultural do mundo.

São os carnavalescos, diretores, mestres de bateria, ritmistas, rainhas, intérpretes, músicos, compositores, passistas, aderecistas e profissionais de barracão, entre outras funções, que literalmente fazem a festa acontecer.

Para garantir os direitos que cercam o ambiente profissional destes personagens da folia é que surgiu o Sindsamba, ideia de um grupo de sambistas que se tornou oficial em agosto do ano passado.

"O Sindicato surgiu em razão da ausência de entidades ligadas diretamente aos profissionais do Carnaval. Ao longo do tempo, estes artistas da folia foram vistos apenas como voluntários que sempre tiveram obrigações, mas jamais gozaram dos respectivos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal Brasileira", afirma Evandro Garcia, diretor secretário do Sindsamba.

Entre as primeiras ações da entidade está o reconhecimento dos direitos dos profissionais que atuam nas escolas de samba.

"Apresentaremos para os gestores do Carnaval (Prefeituras e órgãos públicos que subsidiam financeiramente o Carnaval no Estado de São Paulo) pauta de reivindicação exigindo reconhecimento de direitos dos profissionais. Não havendo o atendimento ao direitos básicos, o Sindicato adotará medidas sindicais como: representação junto ao Ministério Público, Delegacia do Trabalho, Tribunal de Contas, ações judiciais, mobilizações e paralisações, entre outras atividades", ressalta.

Segundo Evandro, o Sindsamba possui legitimidade para representar todos os profissionais, independente deles sejam filiados. Dessa forma, a luta será estendida a todos e de forma gratuita.

"De acordo com a legislação brasileira, desde que esteja regularmente constituído como entidade sindical, o Sindicato está legitimado para representar seus profissionais, mesmo que estes não estejam inscritos.Desta forma, a luta será estendida a todos e de forma gratuita", explica enaltecendo que o Sindsamba já possui convênios firmados com lojas, bares, restaurantes, academias, escolas e clubes para oferecer como benefícios a seus associados.

Ao ser questionado sobre como o Sindicato arcará com as despesas dos serviços que pretende disponibilizar, Evandro explica que os custos básicos estão sendo rateados pela diretoria executiva.

"O Sindsamba conta com departamento jurídico, encabeçada pela diretora jurídica Cristiane Linhares que atenderá os casos, inclusive adotando medidas judiciais se necessário. O trabalho sindical está sendo feito de forma voluntária. Todo e qualquer valor arrecadado será revertido aos profissionais do Carnaval através de ações sociais.

Clique aqui para conhecer detalhes do trabalho realizado pelo Sindsamba.





História do Carnaval de Porto Alegre

O carnaval de Porto Alegre teve origem no século XVIII com o Entrudo, brincadeira trazida pelos açorianos, na qual as pessoas atiravam umas nas outras limões (uma bola de cera do tamanho de um limão, cheia de perfume), e havia casos em que se atiravam ovos e farinha nas "vítimas".

No século XIX, o Entrudo deu lugar às Sociedades carnavalescas. A Esmeralda (verde e branco) e os Venezianos (vermelho e branco) mudaram e dominaram o carnaval nessa época, em torno de larga rivalidade entre ambas.

Houve um tempo de grandes bailes no Teatro São Pedro. Quem não frequentava os salões partia para a Cidade Baixa, Menino Deus, Azenha ou Bairro Santana, onde a diversão era garantida. As variadas fantasias só dependiam da imaginação dos foliões. Os homens adoravam se vestir de mulher, sendo ajudados pelas esposas, mães ou irmãs.
Blocos, ranchos, cordões de sociedade e tribos carnavalescas foram as primeiras grandes atrações de nossos desfiles, até que surgisse, por volta de 1960, as primeiras Escolas de Samba. Os primeiros desfiles oficiais foram realizados na Av. Borges de Medeiros, e anos depois, na Av. Loureiro da Silva, a Perimetral. Ali permaneceram os desfiles até 2004, quando o sambódromo no Complexo Cultural Porto Seco foi inaugurado. Uma obra destinada para ter a maior e mais moderna pista de desfiles do país, investimento do poder público municipal para o Carnaval da grande Porto Alegre.

Foi em outros carnavais...


O corso, desfile de carros alegóricos pelas ruas de Porto Alegre, marcava uma festa vivenciada pela camada mais abastada da população.
A muamba é uma atração portolegrense, exclusiva dos gaúchos. Esse evento era realizado bem antes do carnaval, pois era uma maneira de arrecadar dinheiro para as festas e fantasias. Ocorria em diversos pontos da cidade, geralmente o pavilhão da escola era carregado aberto e as pessoas jogavam moedas ali.

O primeiro Carnaval de Porto Alegre depois da Segunda Guerra Mundial festejou mais do que o fim do conflito. A folia de 1946, conhecida por Carnaval da Vitória, marcou também a estréia das tribos carnavalescas nas ruas da cidade. Até então, os blocos dominavam a cena do Carnaval.

A pioneira foi a Tribo Caetés Sociedade Recreativa e Beneficente, fundada em 19 de abril de 45, resultado da idéia de dois amigos, Hemérito Barros e Rubens Silva, que também era o compositor e letrista das marchinhas cantadas pelos 22 rapazes que circulavam pelos coretos da cidade nos dias desfile, alegrando e arrebanhando os populares contagiados com a folia. Os Caetés saíam da Avenida Getúlio Vargas, passavam pelos coretos da Cidade Baixa, chegavam ao Centro, desfilavam na Avenida Borges de Medeiros, de onde iniciavam o caminho de volta, passando por Andradas e Santana, até o Menino Deus. Em cada local, cantavam, faziam coreografias e apresentavam ao público suas alegorias e adereços de mão relacionados às marchas.

Por seis anos consecutivos Os Caetés foram campeões do Carnaval e viram nascer outras tribos

carnavalescas, que chegaram a seis nos anos 50. Hoje, são apenas duas. Os Guaianazes e Os Comanches mantêm as tradições e participam dos Desfiles do Complexo do Porto Seco nas noites em que pisam a avenida as escolas do grupo especial.
As bandas eram comuns na época e alegravam muito o povo nas ruas. Nomes como: Por Causa de Quê, Filhos da Candinha, Comigo Ninguém Pode foram desaparecendo, levando com elas uma animação que deixou muita saudade. Algumas viraram escolas de samba.

Fonte:  Portoweb




Links Úteis

Links úteis



  • A história do carnaval Carioca

    Carnaval do Rio de Janeiro

    Muita gente que trabalha em escolas de samba em todo o Brasil e principalmente aqui no Rio de Janeiro não conhecem a história do carnaval Carioca, então resolvi postar aqui um resumo de como tudo começou.

    Durante todo o período colonial as diversões que aconteciam na cidade do Rio de Janeiro durante o carnaval não diferenciam daqueles presentes em outros centros urbanos brasileiros. Toda uma série de brincadeiras reunidas sob o termo Entrudo podiam ser encontradas nas ruas e nas casas senhoriais da cidade. No final do século XVIII, essas diversões consistiam basicamente no Após a Independência do Brasil, a elite carioca decide se afastar do passado lusitano e incrementar a aproximação com as novas potências capitalistas. A cidade e a cultura parisienses serão os parâmetros a guiar as modas e modos a serem importados. Atualmente, seu carnaval é oficialmente considerado o maior do mundo, pelo Guinness Book, com aproximadamente 2 milhões de pessoas por dia nos blocos de rua.

    Os bailes
    O carnaval da capital francesa será um dos elementos de influência, fazendo com que a folia do Rio de Janeiro rapidamente apresente bailes mascarados aos moldes parisienses.
    Inicialmente promovidos ou incentivados pelas Sociedades Dançantes que existiam na cidade (como a Constante Polka, por exemplo) esses bailes acabariam por ser suplantados pelos bailes públicos, como o famoso baile público do Teatro São Januário promovido por Clara Delmastro.

    Os passeios
    O grande sucesso dos bailes acabaria por incentivar outras formas de diversão, como os passeios ou promenades aos moldes do então já quase extinto carnaval romano. A idéia de se deslocar para os bailes em carruagens abertas seduzia a burguesia, que via, aí, uma oportunidade de exibir suas ricas fantasias ao povo e "civilizar" o carnaval de feição 'entruda'.
    Carruagens perfiladas na Batalha de Confete do Carnaval de 1907, organizada pelo jornal Gazeta de Notícias, na Avenida Beira-Mar, Rio de Janeiro. Foto sem indicação de autor, Revista Kósmos, fevereiro de 1907.

    O povo carioca assistia deslumbrado a esses cortejos sem, entretanto, se furtar a saudar com seus limões de cheiro os elegantes mascarados. A tensão decorrente desse embate carnavalesco faria com que a elite procurasse organizar cada vez mais seus passeios através da reunião de uma grande número de carruagens e da presença ostensiva de policiamento incorporado aos desfiles.

    As sociedades carnavalescas
    Aos poucos essas promenades acabariam por adquirir uma certa independência em relação aos bailes até que, em 1855, um grupo de cidadãos notáveis organizaria aquele que ficou conhecido como o primeiro passeio de uma sociedade carnavalesca por uma cidade brasileira: o desfile do Congresso das Sumidades Carnavalescas.
    O sucesso desse evento abriria as portas para o surgimento de dezenas de sociedades carnavalescas que, em poucos anos, já disputariam entre si o exíguo espaço do centro da cidade durante os dias de carnaval.

    O carnaval das ruas
    Entretanto, o fabuloso carnaval proposto pela burguesia não reinaria sozinho nas ruas do Rio de Janeiro. Paralelamente ao movimento de implantação de uma festa civilizada, outras diversões tomavam forma na cidade. O entrudo, com sua alegria desorganizada e espontânea não era a única diversão carnavalesca popular. Muitos grupos negros de Congadas (ou Congos) e Cucumbis aproveitavam-se da relativa liberalidade reinante para conseguir autorização policial para se apresentarem. Além disso, outros grupos, reunindo a população carente de negros libertos e pequenos comerciantes portugueses (mais tarde conhecidos como Zé Pereiras), sentiram-se incentivados a passear pelas ruas.

    O carnaval carioca
    A mistura desses diferentes grupos acabaria por forçar uma espécie de diálogo entre eles. Em pouco tempo as influências mútuas se fazem notar através da adoção pelo carnaval popular, das fantasias e da organização características da folia burguesa. As sociedades carnavalescas por sua vez, passaram a incorporar boa parte dos ritmos e sonoridades típicos das brincadeiras populares. O resultado de tudo isso é que as ruas do Rio de Janeiro veriam surgir toda uma variedade de grupos, representando todos os tipos de interinfluências possíveis. É essa multiplicidade de formas carnavalescas, essa liberdade organizacional dos grupos que faria surgir uma identidade própria ao carnaval carioca. Uma identidade forjada nas ruas, entre diálogos e tensões.

    O carnaval popular
    Essa forma de classificação perduraria até os anos 1930, quando o prefeito/interventor do Rio de Janeiro, Pedro Ernesto, oficializaria a festa carioca. A partir daí, os concursos promovidos pelos jornais, os textos jornalísticos publicados na imprensa e as obras dos primeiros folcloristas acabariam por separar as brincadeiras populares em categorias estanques, cada qual com uma história e um formato próprios, tais como blocos, ranchos, cordões, Zé Pereiras, corso e sociedades. Coroando esse movimento é publicado, em 1958 o livro História do carnaval carioca, da pesquisadora Eneida de Moraes que estabelece o texto fundador da folia carioca, e, por extensão, brasileira.

    Escolas de samba
    No final dos anos 1920 o Brasil buscava criar uma identidade capaz de diferenciá-lo dentro da nova ordem mundial estabelecida após a Primeira Grande Guerra. O conceito de negritude se destacava mundialmente valorizando as produções culturais negras como a Arte africana e o jazz. A festa carnavalesca e o novo ritmo de base negra recém surgido, o samba, seriam as bases para a formulação de um sentido de brasilidade. A valorização do samba e da negritude acabariam aumentando o interesse da intelectualidade nos novos "grupos de samba" que surgiam nos morros cariocas. Esse grupos passaria a se apresentar "no asfalto", ou seja, longe dos guetos dos morros, sendo chamados de escolas de samba.
    Tratados, inicialmente, como uma espécie de curiosidade "folclórica", esses grupos foram, pouco a pouco, cativando a sociedade carioca com seu ritmo marcado, com a sonoridade inesperada de suas cabrochas e com os temas populares de suas letras.
    Mantidas por décadas como elementos secundário da folia carnavalesca carioca, as escolas de samba adquiririam grande proeminência a partir da década de 1950, com a incorporação da classe média aos desfiles, consequência da aproximação entre as escolas e intelectuais de esquerda. A partir daí elas galgariam os degraus do sucesso até se tornarem o grande evento carnavalesco nacional.

    O carnaval carioca contemporâneo
    O Carnaval de rua dos blocos e bandas
    A partir das duas semanas anteriores ao carnaval, as ruas do Rio de Janeiro, são tomadas por um grande número de blocos e bandas que carregam dezenas de milhares de foliões e fazem da cidade um grande baile popular sem cordas e aberto a quem quiser chegar. O carnaval de rua da cidade figura desde 2004 no Guinness book como o maior carnaval de rua do mundo, atraindo cerca de 2 milhões de foliões a cada dia.

    O carnaval dos bailes e clubes
    Durante o carnaval diversos bailes são realizados nos clubes da cidade, alguns mais voltados para a classe alta, outros para as classes mais baixas. A prefeitura da cidade também realiza bailes populares, abertos ao público em determinadas áreas tradicionais da cidade, como a Cinelândia e em bairros do subúrbio como Madureira. Também é famoso o baile do Gala Gay, na terça-feira de carnaval, voltada para a comunidade GLS.

    Os ensaios das Escolas de Samba
    Apesar de iniciado "oficialmente" na sexta-feira gorda, o carnaval de rua carioca começa já em dezembro quando as escolas de samba da cidade passam a realizar os chamados "ensaios técnicos" no Sambódromo. Verdadeiros desfiles onde o canto, a evolução e o ritmo são os elementos principais, esses eventos vêm atraindo a população da cidade e arredores que enche as arquibancadas, torce e canta com suas escolas. Uma verdadeira festa popular que captura cada vez mais o interesse dos turistas desejosos de assistir e participar de um carnaval essencialmente popular.